Iniciamos nossa caminhada com o desafio primeiro de manter a qualidade do árduo trabalho dos Editores anteriores e, a seguir, o quanto possível, de elevar a qualidade científica dos Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD). Historicamente, os ABD contam com o apoio irrestrito da Sociedade Brasileira de Dermatologia, desde sua Diretoria e estafe administrativo ao mais jovem associado. Esse apoio é imprescindível, refletido pela leitura atenta e regular, por críticas e sugestões construtivas, pela divulgação e valorização dos artigos de interesse e pela submissão de bons trabalhos.

Nunca é demais lembrar que somos, na América Latina, o único periódico em Dermatologia indexado no Medline e, junto com a Actas Dermo‐Sifiliográficas da Academia Española de Dermatología y Venereología, os únicos da Iberolatino‐América.1 Esse fato traduz a dimensão de nossa responsabilidade e os desafios em bem qualificar e representar a Dermatologia brasileira, assim como a de nossos países irmãos. O crescimento dos Anais, desde sua indexação em 2009, pode ser aquilatado em excelente artigo de Miot et al.,2 que apresentam e discutem os dados bibliográficos dos ABD relativos ao período 2010‐2019. Cumpre‐nos respeitar os dados apresentados e deles tirar lições úteis para aumentar o escopo e a visibilidade da Revista.

Neste primeiro momento, nossa intervenção se restringe à mudança da denominação da seção “Investigação” para “Artigos Originais”, com o objetivo de ampliá‐la e abrir espaços para relatos de séries de casos, pesquisa básica em dermatologia, ensaios clínicos, inquéritos epidemiológicos e revisões sistemáticas. Não que esses tópicos não tenham lugar nos ABD, mas desejamos tornar mais clara essa opção. Ajustes nas normas de publicação também serão implementados, assim como iniciativas para facilitar a submissão de artigos.

Intervenção efetiva no conteúdo dos fascículos se dará a partir do número 4 do volume 96. Não obstante, daremos continuidade à ênfase em Dermatologia Tropical, Dermatoses Infecciosas e Parasitárias, IST e AIDS (aberta a trabalhos de investigação, relatos e série de casos) e à Dermatopatologia, por serem tópicos e compromissos diferenciais de nossa Revista, ressaltando que a publicamos sem custos aos autores.

Por fim, clamamos os Dermatologistas Brasileiros e da América Latina para que façam dos ABD o canal de divulgação de suas pesquisas e de suas experiências, atendendo às normas, à qualidade da documentação fotográfica e à revisão do texto, seja em língua portuguesa ou inglesa. Aguardamos vocês.