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Vol. 95. Issue 4.
Pages 547-548 (1 July 2020)
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Vol. 95. Issue 4.
Pages 547-548 (1 July 2020)
Correspondência
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Aspectos histopatológicos da inclusão de material cirúrgico na cirurgia micrográfica pelo método de Munique e sua comparação com cortes histológicos horizontais
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Airá Novello Vilar
Corresponding author
airanovellovilar@hotmail.com

Autor para correspondência.
, Arthur César Farah Ferreira
Clínica Privada, Concórdia, SC, Brasil
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Prezado Editor,

A cirurgia micrográfica pelo método de Munique é tecnicamente distinta da técnica de Mohs tanto na forma da cirurgia em si quanto no processamento laboratorial, assim como na forma de análise microscópica. A peça cirúrgica geralmente é examinada sem divisão desde que seu tamanho possibilite a inclusão por inteiro.1

Na técnica de Munique, originalmente descrita em 1992 e publicada em periódico alemão em 1995, o espécime cirúrgico é congelado, geralmente fora do criostato, por um jato direto de CO2 e com uso de água destilada, e depois inserido no criostato para que se efetuem os recortes.2 No entanto, os autores têm feito, assim como outros colegas, o congelamento diretamente no criostato com o uso de OCT, como é praxe na técnica intraoperatória não apenas de pele, mas de vários outros tecidos.3,4

Apresentada como uma “nova forma de avaliação do debulking”, do ponto de vista técnico‐laboratorial, a técnica descrita por Portela et al.,5 com cortes horizontais, é idêntica à técnica de Munique, mesmo que parta da superfície para a profundidade e que o intervalo dos recortes seja diferente, bem como sua espessura, que pode variar em decorrência de peculiaridades de cada tecido. Igualmente, a observação do tumor e de suas relações com a margem cirúrgica é uma das características mais marcantes do método de Munique.

Ademais, os referidos autores confundem margem cirúrgica com borda cirúrgica, ao afirmar que o método de Mohs, periférico que é, examina a margem cirúrgica, e não a hipotética borda cirúrgica (isto é, o corte que finalmente é depositado na lâmina depois do desgaste do bloco).

A técnica de Munique, se não idêntica, deveria no mínimo ter sido referida pelos autores como a ideia original, uma vez que se encontram vários artigos anteriormente publicados, inclusive nos Anais Brasileiros de Dermatologia.

Suporte financeiro

Nenhum.

Contribuição dos autores

Airá Novello Vilar: Aprovação da versão final do manuscrito; concepção e planejamento do estudo; elaboração e redação do manuscrito.

Arthur César Farah Ferreira: Revisão crítica da literatura; revisão crítica do manuscrito.

Conflitos de interesse

Nenhum.

Referências
[1]
L.F.F. Kopke, B. Konz.
The fundamental differences among the variations of micrografic surgery.
An Bras Dermatol., 69 (1994), pp. 505-510
[2]
L.F.F. Kopke, B. Konz.
Mikrographische Chirurgie. Eine methodische Bestandsaufnahme. Hautarzt, 46 (1995), pp. 607-614
[3]
D.A. Davis, D.M. Pellowski, C.W. Hanke.
Preparation of Frozen Sections.
Dermatol Surg., 30 (2004), pp. 1479-1485
[4]
M.M. Dogan, S.N. Snow, J. Lo.
Rapid skin edge elevation using the OCT compound droplet technique to obtain horizontal microsections in Mohs micrographic surgery.
J Dermatol Surg Oncol., 17 (1991), pp. 857-860
[5]
P.S. Portela, D.A. Teixeira, C.D.A.S. Machado, M.A.S. Pinhal, F.M. Paschoal.
Horizontal histological sections in the preliminary evaluation of basal cell carcinoma submitted to Mohs micrographic surgery.
An Bras Dermatol., 94 (2019), pp. 671-676

Como citar este artigo: Vilar AN, Ferreira ACF. Histopathological aspects of the inclusion of surgical material in micrographic surgery using the Munich method and its comparison with horizontal histological sections. An Bras Dermatol. 2020;95:547–8.

Trabalho realizado na Clínica Privada, Concórdia, SC, Brasil.

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