Gostaríamos de comentar a publicação “2022 Mpox (Monkeypox) outbreak: a concise review focused on new features of dermatological lesions” de Pinto‐Pulido et al.1 Os autores apontaram que, além das alterações epidemiológicas, também foram registradas variações do quadro clínico anteriormente descrito em áreas endêmicas. Não está claro se essas modificações são causadas por mudanças genéticas no vírus, um método específico de transmissão, características basais específicas dos pacientes afetados em comparação com pacientes de países com doença endêmica ou, mais provavelmente, uma combinação de todos esses elementos. Como pseudo‐pústulas com centro necrótico‐hemorrágico são incomuns em outras doenças dermatológicas, Pinto‐Pulido et al. observaram que uma descrição dermatológica minuciosa das lesões é necessária para um diagnóstico correto. Todos concordamos que a chave para um diagnóstico precoce bem‐sucedido da varíola dos macacos é o exame dermatológico detalhado. Entretanto, é difícil diagnosticar a doença se houver apresentação atípica, sem febre ou sem lesão cutânea na apresentação inicial.2 Lesões cutâneas atípicas podem ocorrer ocasionalmente e podem ser difíceis de diferenciar de outrss doenças dermatológicas frequentes.2 Além disso, ainda há problemas com resultados falso‐positivos e falso‐negativos no diagnóstico laboratorial da varíola dos macacos utilizando PCR.3 Em casos ambíguos, são necessários anamnese completa, reexame e reanálise das amostras clínicas.