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Vol. 98. Núm. 6.
Páginas 755-763 (1 novembro 2023)
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Vol. 98. Núm. 6.
Páginas 755-763 (1 novembro 2023)
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Dermatoscopia do carcinoma basocelular de pequeno diâmetro (≤ 3mm)
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Camilo Arias‐Rodrigueza,b,
Autor para correspondência
ariasr16@gmail.com

Autor para correspondência.
, Ana Maria Muñoz‐Monsalveb, Diana Cuestaa, Susana Mejia‐Mesac, Maria Soledad Aluma‐Tenoriob
a Departamento de Dermatologia, Universidad Pontificia Bolivariana, Medellín, Colômbia
b Departamento de Dermatologia, Aurora Specialized Center for Skin Cancer, Medellín, Colômbia
c Departamento de Dermatologia, Universidad El Bosque, Bogotá, Colômbia
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Estatísticas
Figuras (4)
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Tabelas (4)
Tabela 1. Características demográficas
Tabela 2. Características clínicas e histopatológicas
Tabela 3. Características dermatoscópicas de CBCsPD versus CBCs de referência
Tabela 4. Características dermatoscópicas clássicas e não clássicas de CBCsPD, pequenos e médios
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Material adicional (1)
Resumo
Fundamentos

A dermatoscopia do carcinoma basocelular (CBC) é fundamental para ajudar na investigação de lesões suspeitas. Há escassez de dados publicados sobre dermatoscopia de CBC de pequeno diâmetro (≤ 3mm) e suas diferenças em relação a CBCs maiores.

Objetivo

Descrever e comparar as características dermatoscópicas dos CBCs de tamanho ≤ 3mm com aqueles medindo de 3 a 10mm.

Métodos

Estudo transversal analítico, incluindo CBCs comprovados por histopatologia com imagens fotográficas dermatoscópicas, entre janeiro de 2017 e dezembro de 2022 em um Centro de Câncer de Pele em Medellín, Colômbia. Características demográficas, clinicopatológicas e dermatoscópicas foram comparadas entre CBCs de pequeno diâmetro e um grupo de referência.

Resultados

Foram incluídos 326 CBCs em 196 pacientes, dos quais 60% eram do sexo masculino. O fototipo de Fitzpatrick mais comum foi o III. CBCs de pequeno diâmetro representaram 25% das lesões (81/326). A face e o pescoço foram as localizações mais frequentes (53%). O tipo nodular foi mais comum nos tumores pequenos do que nas lesões maiores; o tipo superficial foi menos frequente, e os subtipos agressivos foram igualmente prevalentes em ambos os grupos. Na dermatoscopia, os tumores pequenos foram estatisticamente mais propensos a apresentar estruturas pigmentadas do que as lesões de referência, especialmente pontos cinza‐azulados (67% vs. 54%), os vasos foram menos frequentes, principalmente telangiectasias curtas‐finas (SFT, do inglês short‐fine telangiectasias; 52% vs. 66%), assim como estruturas brancas brilhantes (SWS, do inglês shiny white structures), ulceração, microerosões e escamas.

Limitações do estudo

Amostra latino‐americana, falta de representatividade de fototipos escuros.

Conclusões

A presença de estruturas pigmentadas, principalmente pontos cinza‐azulados, foi mais comum em CBCs pequenos quando comparados a lesões maiores; SFT, SWS e outros achados foram menos prevalentes.

Palavras‐chave:
Carcinoma basocelular
Dermatoscopia
Diagnóstico
Neoplasias cutâneas
Texto Completo
Introdução

O carcinoma basocelular (CBC) é o câncer de pele mais comum em todo o mundo, com incidência tão alta que está fora das estatísticas globais de câncer.1 Nas últimas décadas, sua incidência aumentou e, apesar de sua baixa letalidade, pode ter comportamento local agressivo e representa grande ônus para os sistemas de saúde globais.2,3

A dermatoscopia é ferramenta diagnóstica que se mostrou muito útil no CBC, com sensibilidade de 91% e especificidade de 95%.4,5 Possibilita assim a detecção precoce e o planejamento do tratamento; ainda assim, a confirmação histopatológica continua sendo necessária para seu diagnóstico.6–9 Atualmente, CBCs menores são encontrados com mais frequência, provavelmente em virtude da cultura de cuidados preventivos e dos avanços tecnológicos. CBCs pequenos foram definidos por alguns autores como aqueles com menos de 5mm, enquanto CBCs menores que 3mm foram denominados de pequeno diâmetro (CBCsPD).10–15 Em relação à apresentação clínica, CBCs pequenos são mais prevalentes em homens mais jovens, na região da face, geralmente são pigmentados e seu tipo histopatológico mais comum é o nodular.11 A detecção em estádios tumorais iniciais está relacionada a tratamento mais fácil, com melhores resultados estéticos e menor impacto funcional.10 Atualmente, a literatura é clara quanto aos critérios dermatoscópicos clássicos e não clássicos do CBC; entretanto, poucos estudos sobre dermatoscopia de CBCs pequenos foram realizados, relatando que esses CBCs podem apresentar características dermatoscópicas clássicas e não clássicas, com pontos cinza‐azulados e ninhos ovoides como estruturas principais.11,12

Os CBCsPD são lesões ainda mais incipientes, que podem apresentar características diferentes em virtude da fase inicial de crescimento tumoral.14–18 A dermatoscopia nesses tumores não foi amplamente estudada; portanto, há escassez de literatura médica relatando e comparando suas características dermatoscópicas com as de CBCs maiores. O objetivo deste estudo foi descrever e comparar as características dermatoscópicas dos CBCs com diâmetro ≤ 3mm com as daqueles de 3 a 10mm de diâmetro.

Materiais e métodos

Este foi um estudo transversal analítico realizado entre janeiro de 2017 e dezembro de 2021 em Medellín, Colômbia. Os critérios de inclusão compreenderam pacientes com diagnóstico histopatológico de CBC, que apresentavam fotos dermatoscópicas com aumento de 10×ou 20×. Foram excluídos casos de CBC recorrente e casos sem consentimento do paciente para análise fotográfica. Os casos foram selecionados retrospectiva e prospectivamente em um centro de referência em câncer de pele. Um banco de dados institucional com todos os CBCs diagnosticados foi examinado, e os casos que atenderam aos critérios de elegibilidade foram incluídos. Prospectivamente, novos casos de CBC com confirmação histopatológica foram examinados e, se elegíveis, incluídos. O tamanho do estudo foi determinado pelo número total de CBCs que atenderam aos critérios de elegibilidade e foram diagnosticados durante o período mencionado. O protocolo do estudo estava de acordo com as diretrizes éticas da Declaração de Helsinki. A aprovação do Conselho de Revisão Institucional foi obtida da Universidad Pontificia Bolivariana.

Dois dos pesquisadores foram responsáveis pela coleta de dados e imagens dermatoscópicas. Foram criados dois bancos de dados utilizando Microsoft Excel e Microsoft PowerPoint, onde foram organizadas informações e imagens. A dermatoscopia foi realizada com um aparelho de luz polarizada (DermLite DL4, 3 Gen, LLC, San Juan Capistrano, Califórnia, EUA – FotoFinder ATBM, Bad Birnbach, Alemanha) e as imagens dermatoscópicas foram adquiridas com câmera de alta resolução adaptada ao dispositivo dermatoscópico. As fotos foram avaliadas por dois observadores independentes para características dermatoscópicas predefinidas. Em caso de discordância, uma terceira avaliação foi realizada e um consenso foi alcançado. O tamanho do tumor foi medido digitalmente, com base no maior diâmetro. Os CBCs foram classificados de acordo com seu tamanho em três grupos: 1) CBCsPD (medindo menos de 3mm), 2) CBCs pequenos (de 3 a 5mm) e 3) CBCs médios (de 5 a 10mm). Os dois últimos foram agrupados como CBCs de referência ou controle (de 3 a 10mm) para comparação com os CBCsPD.

As características demográficas, clínicas, histopatológicas e terapêuticas foram obtidas a partir de prontuários médicos e relatórios de histopatologia e incluíram: idade, sexo, ocupação, história pessoal de câncer de pele não melanoma (CPNM) ou melanoma, fototipo de pele de Fitzpatrick, sinais de fotodano local, número de lesões por paciente, tamanho e localização do tumor, sub‐localização específica em caso de tumores faciais, lesão primária, cor predominante (definida como cor presente em mais da metade da lesão), pessoa que detectou a lesão, tempo de evolução, tipo histopatológico, profundidade tumoral, concordância clínicopatológica, modalidade de tratamento e, no caso de cirurgia micrográfica de Mohs (CMM), número de estágios, tipo histológico na cirurgia e concordância com histopatologia anterior.

Foram analisados os seguintes critérios dermatoscópicos do CBC: 1) ausência de rede pigmentar; 2) vasos: vasos arboriformes, telangiectasias curtas‐finas (SFT, do inglês short‐fine telangiectasias), vasos em “grampo de cabelo”, vasos em “saca‐rolhas”, vasos glomerulares ou pontilhados, vasos em “vírgula” e lineares irregulares, vasos polimorfos (definidos como duas ou mais morfologias), áreas vermelho‐leitosas e glóbulos vermelhos; 3) estruturas pigmentadas: estruturas em folha, estruturas em roda raiada, glóbulos cinza‐azulados, ninhos ovoides, estruturas concêntricas e pontos cinza‐azulados; 4) estruturas brancas brilhantes (SWS, do inglês shiny white structures): áreas amorfas e cordões, rosetas e estrias (estruturas ortogonais); 5) escamas: brancas ou amarelas; e 6) outras estruturas: ulceração, microerosões, glóbulos amarelos agregados múltiplos (glóbulos MAY), véu azul‐esbranquiçado e cistos semelhantes a milia.

As variáveis quantitativas foram apresentadas como média e desvio padrão (DP), de acordo com a distribuição normal das variáveis avaliadas pelo teste de Kolmogorov‐Smirnov. Em caso de não normalidade, medianas e intervalos interquartis foram obtidos. O tamanho foi a variável dependente, classificado em três grupos, como mencionado anteriormente. As características dermatoscópicas foram comparadas entre os grupos com os testes estatísticos de qui‐quadrado ou de Fisher, dependendo do valor esperado (significância estatística, p <0,05). O banco de dados foi exportado para o software IBM SPSS Statistics 24.0 para análise estatística.

ResultadosCaracterísticas demográficas

Foram incluídos 196 pacientes, totalizando 326 CBCs. No total de pacientes, 60% eram do sexo masculino (117/196). A mediana da idade foi de 66,5 anos (IIQ: 56–76); 71% (140/196) apresentavam uma única lesão e apenas 8% (16/196) apresentavam quatro ou mais lesões. Exposição crônica ao sol estava presente em 18% dos pacientes (36/196). A maioria dos casos tinha história pessoal de CPNM (61% – 119/196), enquanto uma minoria tinha história de melanoma (7% ? 14/196). O fototipo de pele mais comum foi o Fitzpatrick tipo III, encontrado em 59% (116/196) dos pacientes. Outras características são descritas com mais detalhes na tabela 1. Não houve diferenças estatisticamente significantes entre CBCsPD e de referência em relação às características demográficas.

Tabela 1.

Características demográficas

Característica  N=196 
  n (%) 
Sexo
Masculino  117 (59,7) 
Idade, anos – mediana (P25–P75)  66,5 (56–76) 
Profissão
Sem exposição solar crônica  129 (65,8) 
Exposição solar crônica  36 (18,4) 
Desconhecido  31 (15,8) 
Lesões por paciente
140 (71,4) 
2–3  40 (20,4) 
≥ 4  16 (8,2) 
História pessoal
Câncer de pele não melanoma (CPNM)  119 (60,7) 
Melanoma  14 (7,1) 
Fototipo de pele de Fitzpatrick
6 (3,0) 
II  56 (28,6) 
III  116 (59,2) 
IV  18 (9,2) 
Características clínicas, histopatológicas e terapêuticas

As frequências foram determinadas com base em todas as lesões observadas (326). A lesão primária foi uma pápula não ulcerada em 48% (156/326) dos tumores. Rosa foi a cor predominante em 46% (149/326), seguida de marrom e vermelho. A cor marrom foi mais prevalente nos CBCsPD (39% vs. 16% nos CBCs de referência), sem significância estatística, enquanto o rosa como cor principal foi mais comum quando o tamanho era maior (33% vs. 50%). Sinais locais de fotodano foram encontrados em 81% (263/326) das lesões. As lesões foram detectadas pelos dermatologistas em 81% dos casos, enquanto os pacientes detectaram com mais frequência CBCs controle do que pequeno diâmetro. Apenas 12% (40/326) dos tumores tiveram tempo de evolução conhecido, de um a 24 meses. A impressão diagnóstica foi CBC em 98% (320/326), mesmo em CBCsPD.

Os tumores tinham tamanho médio de 5mm (IIQ: 3,375–7). CBCsPD representaram 25% dos casos (81/326), 39% lesões mediram de 3 a 5mm (127/326) e 36% de 5 a 10mm (118/326). Os dois últimos representaram o grupo de CBCs de referência em 75% (245/326). A localização mais frequente foi face/pescoço, em 53% (174/326). Nos CBCsPD foi ainda mais comum, em 69%; além disso, à medida que o tamanho do tumor aumentava, as localizações extrafaciais eram mais comuns (p=0,01). As principais localizações das lesões faciais foram nariz 28% (45/160), região bucinadora 26% (41/160) e região frontal (26%), sem diferença estatisticamente significante entre os diferentes tamanhos (p=0,16).

Os tipos histopatológicos predominantes foram nodular em 78% (255/326), superficial em 26% (83/326) e micronodular em 6% (21/326). O tipo nodular foi encontrado em 93% (75/81) dos CBCsPD versus 74% (180/245) dos CBCs de referência (p <0,001); por outro lado, o tipo superficial estava presente em 9% (7/81) dos CBCs miniaturizados versus 31% (76/245) dos CBCs de controle (p <0,001). Tipos histopatológicos agressivos tiveram frequências semelhantes em ambos os grupos. A maioria das lesões tinha profundidade de 1 a 2mm (70%); ainda assim, os tumores de pequeno diâmetro eram menos profundos (p=0,07). A tabela 2 fornece mais detalhes sobre as características clinicopatológicas.

Tabela 2.

Características clínicas e histopatológicas

Característica  N=326 
  n (%) 
Clínica
Tamanho, mm   
≤ 3  81 (24,8) 
> 3 – 5  127 (39) 
> 5 – 10  118 (36,2) 
Localização
Face e pescoço  174 (53,4) 
Membros  67 (20,5) 
Tronco  60 (18,4) 
Couro cabeludo  25 (7,7) 
Sinais de fotodano local  263 (80,7) 
Lesão primária
Pápula não ulcerada  156 (47,9) 
Placa não ulcerada  142 (43,6) 
Pápula ulcerada  14 (4,3) 
Placa ulcerada  5 (1,5) 
Mácula  6 (1,8) 
Cor predominante
Rosa  149 (45,7) 
Marrom  69 (21,2) 
Vermelha  52 (15,9) 
Cor da pele  22 (6,7) 
Azul  16 (4,9) 
Cinza  6 (1,9) 
Preta  6 (1,9) 
Branca  5 (1,5) 
Amarela  1 (0,3) 
Patologia
Tipo histopatológicoa
Nodular  255 (78,2) 
Superficial  83 (25,5) 
Micronodular  21 (6,4) 
Infiltrativo  7 (2,1) 
Esclerosante  2 (0,6) 
Metatípico  2 (0,6) 
Adenoide  2 (0,6) 
Ceratótico  1 (0,3) 
Profundidade, mm  50 (15,3) 
≤ 1  227 (69,7) 
> 1–2  31 (9,5) 
> 2  50 (15,3) 
Não relatado  18 (5,5) 
a

As variáveis não são mutuamente excludentes.

Em relação ao tratamento, 42% (138/326) receberam CMM, 24% (77/326) foram submetidos a ressecção convencional, 3% (11/326) foram ressecados sem biopsia prévia em virtude da imagem altamente sugestiva e cenários específicos e 31% (100/326) não tinham recebido tratamento ao final da coleta de dados. Dos submetidos à CMM (138), o tipo nodular foi documentado em 87% (120/138), superficial em 21%, micronodular em 7%, infiltrativo em 6% e metatípico em 1%. Um total de dois estágios foi necessário em 88% dos casos (122/138). No entanto, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes em relação às características terapêuticas.

Características dermatoscópicas

Rede pigmentar não foi identificada em nenhuma lesão. As cinco estruturas mais prevalentes foram: SFT, encontrada em 62% (203/326), seguida de pontos cinza‐azulados, em 57% (186/326), áreas amorfas e cordões SWS em 56% (184/326), vasos arboriformes em 38% (124 /326) e glóbulos cinza‐azulados em 24% (78/326).

Vasos foram identificados em 83% dos casos (271/326) e foram significantemente menos prevalentes em CBCsPD correspondendo a 68% (55/81) do que em CBCs de referência, 88% (216/245; p <0,001). Vasos arboriformes foram encontrados em 38% de todos os tumores (124/326), sem diferenças significantes entre os grupos. SFT foi a morfologia mais comum, encontrada em 62% (203/326) das lesões, e significantemente menos frequentes em CBCsPD, 52% (42/81) do que em CBCs de referência, 66% (161/245; p=0,02); entretanto, foi o achado vascular mais comum no primeiro grupo. Achados vasculares menos comuns incluíram vasos em grampo de cabelo, glomerulares, pontilhados, irregulares lineares, em vírgula e saca‐rolhas; vasos polimorfos estavam presentes em 21% (67/326) das lesões. Nenhum desses últimos apresentou diferença estatisticamente significante entre os grupos de estudo.

Estruturas pigmentadas foram encontradas em 68% (221/326) e foram mais frequentes nos CBCsPD, 83% (67/81), do que nos CBCs de referência, 63% (154/245; p=0,001). Pontos cinza‐azulados foram a estrutura pigmentada mais comum (57%; 186/326), e também foram estatisticamente mais prevalentes em CBCsPD (67% vs. 54%; p=0,04). Outras características pigmentadas encontradas foram, em ordem decrescente: glóbulos cinza‐azulados, ninhos ovoides, estruturas em folha, estruturas em roda raiada e, finalmente, estruturas concêntricas.

SWS, especialmente áreas amorfas e cordões, foram significantemente menos frequentes em CBCsPD, 27% (22/81) do que nos tumores de referência, 66% (162/245; p <0,001). Escamas também foram menos comuns em CBCsPD (11% vs. 31%; p <0,001), assim como ulcerações e microerosões. Mais detalhes podem ser consultados na tabela 3.

Tabela 3.

Características dermatoscópicas de CBCsPD versus CBCs de referência

CaracterísticaQualquer tamanho  ≤ 3 mm  3–10 mm  p‐valor
N=326  N=81  N=245 
n (%)  n (%)  n (%) 
Vasos  271 (83,1)  55 (67,9)  216 (88,2)  <0,001 
Telangiectasias curtas‐finas  203 (62,3)  42 (51,9)  161 (65,7)  0,02 
Arboriformes  124 (38)  27 (33,3)  97 (39,6)  0,3 
Polimorfos  67 (20,6)  13 (16)  54 (22)  0,2 
Em “grampo de cabelo”  39 (12)  7 (8,6)  32 (13,1)  0,2 
Glomerulares  34 (10,4)  5 (6,2)  29 (11,8)  0,1 
Pontilhados  21 (6,4)  4 (4,9)  17 (6,9)  0,5 
Lineares irregulares  18 (5,5)  7 (8,6)  11 (4,5)  0,1 
Em “vírgula”  9 (2,8)  3 (3,7)  6 (2,4)  0,6 
Em “saca‐rolhas”  4 (1,2)  1 (1,2)  3 (1,2) 
Estruturas pigmentadas  221 (67,8)  67 (82,7)  154 (62,9)  0,001 
Pontos cinza‐azulados  186 (57,1)  54 (66,7)  132 (53,9)  0,04 
Glóbulos cinza‐azulados  78 (23,9)  24 (29,6)  54 (22)  0,1 
Ninhos ovoides  64 (19,6)  19 (23,5)  45 (18,4)  0,3 
Estruturas em folha  54 (16,6)  9 (11,1)  45 (18,4)  0,1 
Estruturas em roda raiada  46 (14,1)  9 (11,1)  37 (15,1)  0,3 
Estruturas concêntricas  44 (13,5)  6 (7,4)  38 (15,5)  0,06 
Estruturas brancas brilhantes  188 (57,7)  23 (28,4)  165 (67,3)  <0,001 
Áreas amorfas e cordões  184 (56,4)  22 (27,2)  162 (66,1)  <0,001 
Rosetas  20 (6,1)  2 (2,5)  18 (7,3)  0,1 
Estrias, ortogonais  3 (0,9)  0 (0)  3 (1,2) 
Escamas  85 (26,1)  9 (11,1)  76 (31)  <0,001 
Brancas  75 (23)  8 (9,9)  67 (27,3)  0,001 
Amarelas  18 (5,5)  1 (1,2)  17 (6,9)  0,053 
Outras estruturas         
Ulceração  42 (12,9)  3 (3,7)  39 (15,9)  <0,001 
Microerosões  37 (11,3)  2 (2,5)  35 (14,3)  0,004 
Glóbulos amarelos agregados múltiplos  25 (7,7)  4 (4,9)  21 (8,6)  N/A 
Véu azul‐esbranquiçado  1 (0,3)  0 (0)  1 (0,4)  N/A 

Ao comparar características clássicas de CBCs entre os de pequeno diâmetro e os de referência, glóbulos azul‐acinzentados e ninhos ovoides foram mais frequentes nos primeiros. Em relação a características não clássicas, os pontos cinza‐azulados foram mais comuns nas lesões miniaturizadas, enquanto as demais características foram menos frequentes nesse grupo (tabela 4).

Tabela 4.

Características dermatoscópicas clássicas e não clássicas de CBCsPD, pequenos e médios

Característica  Qualquer tamanho  ≤ 3 mm  3–5 mm  5–10 mm 
  N=326  N=81  N=127  N=118 
  n (%)  n (%)  n (%)  n (%) 
Características clássicas
Vasos arboriformes  124 (38)  27 (33,3)  48 (37,8)  49 (41,5) 
Glóbulos cinza‐azulados  78 (23,9)  24 (29,6)  30 (23,6)  24 (20,3) 
Ninhos ovoides  64 (19,6)  19 (23,5)  22 (17,3)  23 (19,5) 
Estruturas em folha  54 (16,6)  9 (11,1)  27 (21,3)  18 (15,3) 
Estruturas em roda raiada  46 (14,1)  9 (11,1)  19 (15)  18 (15,3) 
Ulceração  42 (12,9)  3 (3,7)  14 (11)  25 (21,2) 
Características não clássicas
Telangiectasias curtas‐finas  203 (62,3)  42 (51,9)  81 (63,8)  80 (67,8) 
Pontos cinza‐azulados  186 (57,1)  54 (66,7)  77 (60,6)  55 (46,6) 
Áreas amorfas brancas brilhantes e cordões  184 (56,4)  22 (27,2)  73 (57,5)  89 (75,4) 
Estruturas concêntricas  44 (13,5)  6 (7,4)  20 (15,7)  18 (15,3) 
Microerosões  37 (11,3)  2 (2,5)  8 (6,3)  27 (22,9) 
Glóbulos amarelos agregados múltiplos  25 (7,7)  4 (4,9)  11 (8,7)  10 (8,5) 

Os de pequeno diâmetro foram caracterizados pela presença de pontos azul‐acinzentados (67%) e ocasionalmente SFT (52%; figs. 1 e 2). Os primeiros tinham distribuição difusa em 43% (23/54) e agrupada em 41% (22/54). Glóbulos cinza‐azulados e ninhos ovoides estavam presentes em 30% e 24% dessas lesões, enquanto vasos arboriformes foram encontrados em 33%. SWS, escamas, ulcerações e microerosões foram raramente observadas. Apenas 12% (10/81) apresentavam uma característica dermatoscópica isolada, geralmente pontos ou vasos arboriformes em 30% (3/10, cada um; fig. 3); duas características foram observadas em 20% (16/81), nas quais pontos com SFT ou glóbulos foram as combinações mais comuns (3/16 – 19%, cada uma). Além disso, 68% tinham três ou mais características. Em 84% das lesões miniaturizadas, o caos dermatoscópico foi perceptível (68/81). Imagens dermatoscópicas de CBCsPD são mostradas nas figuras 1‐3, e imagens de CBCs de referência são mostradas na figura 4. Para mais informações, consulte as tabelas suplementares (S1–S5).

Figura 1.

Dermatoscopia de CBCsPD. (A) CBC de 2mm localizado no tórax exibindo pontos e glóbulos azul‐acinzentados. (B) CBC de 2,5mm localizado no couro cabeludo apresentando pontos azul‐acinzentados, glóbulos e telangiectasias curtas‐finas. (C) CBC de 2mm localizado no dorso nasal com pontos azul‐acinzentados e telangiectasias curtas‐finas (seta preta). (D) CBC de 2mm localizado no sulco nasolabial, com pontos azul‐acinzentados e vasos arboriformes (seta azul). (E) CBC de 2mm localizado na região pré‐auricular exibindo glóbulos azul‐acinzentados, telangiectasias curtas‐finas, vasos arboriformes (seta azul) e áreas amorfas brancas brilhantes e cordões. (F) CBC de 2,5mm localizado no canto interno do olho, com pontos, glóbulos azul‐acinzentados, telangiectasias curtas‐finas (seta preta) e vasos arboriformes (seta azul)

(0.27MB).
Figura 2.

Dermatoscopia de CBCs superficiais de pequeno diâmetro. (A) CBC de 3mm localizado no membro superior exibindo pontos azul‐acinzentados, vasos polimorfos (detalhe aumentado no quadrado) em “grampo de cabelo”, “em vírgula”, vasos glomerulares e lineares irregulares e áreas amorfas e estrias brancas brilhantes. (B) CBC de 3mm localizado no tórax exibindo estruturas em folha, ninhos ovoides, microerosões e escamas brancas. (C) CBC de 3mm localizado no membro superior mostrando pontos e glóbulos azul‐acinzentados, estruturas em folha, vasos polimorfos (detalhe aumentado no quadrado) com telangiectasias curtas‐finas, vasos em “grampo de cabelo” e em “vírgula” e áreas amorfas e estrias brancas brilhantes. (D) CBC de 3mm localizado no membro superior apresentando pontos azul‐acinzentados, vasos polimorfos (detalhe aumentado no quadrado) com telangiectasias curtas‐finas e vasos “em grampo” e áreas amorfas e estrias brancas brilhantes

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Figura 3.

CBCsPD apresentando uma única característica dermatoscópica. (A) CBC de 3mm localizado no membro superior exibindo pontos azul‐acinzentados. (B) CBC de 2mm localizado na fronte apresentando glóbulos azul‐acinzentados. (C) CBC de 1,5mm localizado na região frontal apresentando uma única estrutura em forma de roda raiada. (D) CBC de 2mm localizado no sulco nasal com presença de vasos arboriformes

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Figura 4.

Dermatoscopia de CBCs de referência. (A) CBC pequeno de 4mm de diâmetro localizado na região retroauricular exibindo estruturas concêntricas, pontos e glóbulos azul‐acinzentados. (B) Pequeno CBC de 4,5mm de diâmetro localizado no membro superior apresentando pontos azul‐acinzentados, telangiectasias curtas‐finas, áreas amorfas brancas brilhantes e cordões. (C) BCC médio medindo 8,5mm localizado no membro superior, com presença de glóbulos e pontos azul‐acinzentados, telangiectasias curtas‐finas, microerosões, áreas amorfas brancas brilhantes, cordões e estrias. (D) BCC de 10mm localizado no dorso, com inúmeras características: estruturas em roda raiada, estruturas concêntricas, pontos e glóbulos azul‐acinzentados, ninhos ovoides, vasos polimorfos com telangiectasias curtas‐finas, vasos pontilhados e glomerulares e áreas amorfas brancas brilhantes e cordões. (E) CBC de 5,5mm localizado no dorso apresentando estruturas em folha, ninhos ovoides, pontos azul‐acinzentados, vasos polimorfos em grampo de cabelo, vasos glomerulares e lineares irregulares. (F) CBC de 6,5mm localizado no membro superior exibindo vasos polimorfos com telangiectasias curtas‐finas, vasos em grampo de cabelo e glomerulares, áreas amorfas brancas brilhantes e cordões e escamas brancas

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Discussão

A dermatoscopia tem alta acurácia e precisão no diagnóstico do CBC, o que favorece a suspeita mais precoce de malignidade detectando tumores menores. Neste estudo, os autores avaliaram 326 CBCs de 196 pacientes. CBCsPD representaram 81 dos tumores. Frequentemente apresentavam a cor marrom como predominante (39%) e comumente apresentavam o tipo nodular na histopatologia (93%) e raramente o tipo superficial (9%). Curiosamente, os tipos agressivos tiveram frequências semelhantes, independente do tamanho do tumor. A maioria das lesões menores localizava‐se na face e no pescoço, em concordância com a literatura atual;19,20 além disso, à medida que aumentava o tamanho, a prevalência em outras áreas também aumentava. Essas lesões eram mais propensas a receber CMM, realizada em 48% dos CBCsPD versus 40% dos CBCs de referência; em 95% (37/39) dos CBCsPD submetidos à CMM foi necessário mais de um estágio para obter margens cirúrgicas negativas.

Na dermatoscopia dos CBCsPD, a presença de estruturas pigmentadas foi a característica dermatoscópica mais frequente (83%), principalmente pontos azul‐acinzentados (67%), que foram mais frequentes nesses tumores quando comparados aos CBCs maiores. Por outro lado, vasos foram menos frequentes em CBCsPD, especialmente SFT, assim como SWS, escamas, ulcerações e microerosões. As estruturas vasculares mais comuns foram SFT (52%) e vasos arboriformes (33%). Das lesões com SFT, apenas 7% (3/42) correspondiam ao tipo histopatológico superficial, 2% (1/42) ao tipo misto micronodular e infiltrativo, e 91% (38/42) delas eram nodulares. Isso significa que as SFT, neste estudo, não estavam presentes no contexto de CBC superficial.

Em CBCsPD nodulares (75/81), pontos azul‐acinzentados também foram a característica mais frequente encontrada, em 68% (51/75). Vasos foram encontrados em 65% (49/75) dos tumores, principalmente SFT em 51% (38/75) e vasos arboriformes em 35% (26/75). Tipos histopatológicos de alto risco foram encontrados em seis lesões miniaturizadas. A maioria apresentava vasos como principal característica dermatoscópica (83%), principalmente vasos arboriformes (67%), seguidos de SFT (50%). Curiosamente, nesses tumores, os pontos cinza‐azulados não eram tão comuns (33%).

Nos CBCsPD superficiais (7/81), a característica mais comum também foi a presença de estruturas pigmentadas em 86% (6/7), principalmente pontos azul‐acinzentados (57%), seguidos por ninhos ovoides e estruturas em folha (43% cada). Vasos foram encontrados em 71% (5/7) dessas lesões e, curiosamente, eram polimorfos em todos os casos, com predomínio da morfologia glomerular em 57% (4/7), seguido de SFT em 43% (3/7); entretanto, vasos arboriformes não foram identificados. Apenas uma dessas lesões apresentou microerosões.

Takahashi et al.10 publicaram um estudo comparando CBCs ≤ 3mm (n=6) com CBCs de 4 a 6mm (n=11). Pontos e glóbulos cinza‐azulados estavam presentes em 100% dos casos do primeiro grupo e ninhos em 67%, ao contrário do presente estudo, onde foram encontrados em 67%, 30% e 24% dos CBCsPD, respectivamente. Além disso, foram encontradas apenas 9% de lesões com pontos cinza‐azulados no grupo de 4 a 6mm, ao contrário dos resultados do presente estudo, que mostraram que eles estavam presentes em 54% dos CBCs de referência. A principal limitação de seu estudo foi o pequeno tamanho da amostra.

Sanchez‐Martin et al.12 publicaram um estudo com 100 CBCs <5mm, divididos em dois grupos, comparando CBCs pequenos (n=34) com CBCs maiores (n=66). A estrutura dermatoscópica mais frequente foi SFT (78%), seguida de pontos cinza‐azulados (55%). No entanto, os autores não encontraram diferença estatisticamente significante entre os CBCsPD e maiores, diferindo dos resultados do presente estudo (tabela 4).

Longo et al.13 compararam CBCs <5mm com lesões controle. Eles descobriram que CBCs pequenos eram mais prevalentes em pacientes mais jovens, em contraste com os resultados do presente estudo, uma vez que os autores não encontraram associação entre idade e tamanho tumoral. O padrão nodular também foi o tipo mais frequente em seu estudo, com odds ratio (OR) de 3,4. Os autores encontraram dois preditores dermatoscópicos de CBCs pequenos: pontos azul‐acinzentados e ninhos ovoides; entretanto, essas características tinham OR fracos e seu intervalo de confiança cruzou a unidade em ambos os casos. Quase todas as características dermatoscópicas foram observadas igualmente em ambos os grupos, e a única diferença estatisticamente significante foi a menor frequência de ulceração e microerosões em CBCs <5mm. Di Meo et al.11 coletaram dados de 100 CBCs <5mm de um banco de dados e avaliaram a concordância global entre observadores com baixa experiência dermatoscópica. Eles encontraram baixo nível de concordância para alguns dos critérios clássicos do CBC e nenhuma concordância para quase todos os critérios não clássicos. Como visto no presente estudo, a presença de pontos azul‐acinzentados, uma característica não clássica, é fundamental para detectar lesões incipientes. Isso confirma a importância de sempre avaliar critérios clássicos e não clássicos, pois os últimos podem se correlacionar com estádio tumoral precoce.

O presente estudo tem algumas limitações. Os casos foram coletados em um centro de referência em câncer de pele, o que pode alterar as características demográficas dos pacientes. Por ter sido realizado na Colômbia, a maioria dos fototipos variou de I a IV, com menos dados de fototipos de pele mais claros e mais escuros. Resta confirmar em estudos maiores, com seguimento em longo prazo, se a detecção precoce de lesões miniaturizadas melhora com a dermatoscopia, e qual é seu valor prognóstico.

Conclusão

Na dermatoscopia de CBCsPD (≤ 3mm), as estruturas pigmentadas são mais frequentes, principalmente os pontos azul‐acinzentados, enquanto vasos e SWS são menos prevalentes. Assim, ao avaliar uma lesão menor que 3mm com suspeita de CBC, pontos azul‐acinzentados e características pigmentadas devem ser ativamente procurados, pois sua presença se correlaciona com CBC. Este estudo apresenta evidências robustas que podem favorecer o diagnóstico precoce em estádios iniciais do crescimento tumoral, aumentando a probabilidade de resultados aceitáveis e funcionais após o tratamento.

Suporte financeiro

Nenhum.

Contribuição dos autores

Camilo Arias‐Rodriguez: Concepção e planejamento do estudo; obtenção, análise e interpretação dos dados; redação do manuscrito; revisão crítica da literatura; aprovação da versão final do manuscrito.

Ana Maria Muñoz‐Monsalve: Concepção e planejamento do estudo; participação efetiva na orientação da pesquisa; revisão crítica de conteúdo intelectual importante; aprovação da versão final do manuscrito.

Diana Cuesta: Concepção e planejamento do estudo; análise e interpretação dos dados; redação do manuscrito; revisão crítica da literatura; aprovação da versão final do manuscrito.

Susana Mejia‐Mesa: Concepção e planejamento do estudo; análise e interpretação dos dados; redação do manuscrito; revisão crítica da literatura; aprovação da versão final do manuscrito.

Maria Soledad Aluma‐Tenorio: Concepção e planejamento do estudo; análise e interpretação dos dados; redação do manuscrito; revisão crítica da literatura; aprovação da versão final do manuscrito.

Conflito de interesses

Nenhum.

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Como citar este artigo: Arias‐Rodriguez C, Muñoz‐Monsalve AM, Cuesta D, Mejia‐Mesa S, Aluma‐Tenorio MS. Dermoscopy of miniaturized basal cell carcinoma (≤ 3 mm). An Bras Dermatol. 2023;98:755–63.

Trabalho realizado na Aurora Clinic, Specialized Center for Skin Cancer, Medellín, Colômbia.

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