Compartilhar
Informação da revista
Vol. 95. Núm. 4.
Páginas 546-547 (1 julho 2020)
Compartilhar
Compartilhar
Baixar PDF
Mais opções do artigo
Visitas
6023
Vol. 95. Núm. 4.
Páginas 546-547 (1 julho 2020)
Correspondência
Open Access
Sobre os diferentes métodos de cirurgia micrográfica e suas diferenças na observação do tumor e das margens cirúrgicas e na contribuição ao aspecto clínico‐oncológico
Visitas
6023
Sandro Simão Corrêa Filho
Autor para correspondência
sscorrea@gmail.com

Autor para correspondência.
Clínica Privada, Blumenau, SC, Brasil
Este item recebeu

Under a Creative Commons license
Informação do artigo
Texto Completo
Bibliografia
Baixar PDF
Estatísticas
Tabelas (1)
Tabela 1. Comparação entre algumas características do método de Munique e os métodos periféricosa
Texto Completo
Prezado Editor,

A cirurgia micrográfica foi desenvolvida na década de 1930 pelo Dr. Friedrich Mohs, com o método de fixação tecidual in vivo. Em 1970, Stegman e Tromovitch publicaram uma série de casos com fixação ex vivo. Já em 1995 foi descrito o método de Munique. Desde então, houve um constante aprendizado das técnicas.1–4

No trabalho de Portela et al.5 é descrita uma nova forma de avaliação de debulking, porém idêntica ao método de Munique, já descrito na literatura; confundem‐se os conceitos de margem e borda cirúrgica; os autores ilustram uma característica essencial do método de Munique, a possibilidade de avaliação da relação tumor‐margem cirúrgica e da observação do tumor. Permite‐se, desse modo, demonstrar melhor o subtipo, os aspectos citológicos e a arquitetura tumoral, dados com relevância clínica e oncológica e na tomada de decisão, ainda com maior importância em tumores de histologia mais rara e com maior potencial metastático; também facilita a identificação de invasão perineural. Por outro lado, os métodos periféricos avaliam apenas a borda cirúrgica e “perdem” a observação da porção central tumoral; ainda que no produto do debulking seja feito bread‐loafing no bloco de parafina, a amostragem é menor e não se tem o resultado no transoperatório, devido ao tempo necessário para inclusão e processamento da parafina – um empecilho, entretanto, é que no método a fresco há maior chance de haver artefatos técnicos (tabela 1).

Tabela 1.

Comparação entre algumas características do método de Munique e os métodos periféricosa

  Método de Munique  Métodos periféricos (Mohs, torta de Tübigen, Muffin
Observação do core tumoral  Sim  Não 
Observação do tumor  Sim  Não (apenas se houver comprometimento tumoral da borda cirúrgica) 
Avaliação do sítio cutâneo tumoralb  Sim  Não 
Observação da relação tumor‐margem cirúrgica  Sim  Não 
Análise da citologia tumoral (p. ex., figuras de mitose)  Sim  Não (apenar se houver comprometimento tumoral da borda cirúrgica) 
Avaliação de acometimento perineural  Facilitada  Dificultada 
Número de lâminas  Maior  Menor 
a

Ainda que seja feita uma biópsia prévia da área afetada, pode haver discordância entre os dados da biópsia incisional e da exérese posterior, devido à amostragem, como assinalado por Portela et al.5

b

Importante em tumores mal definidos ou cicatrizes.

Deve ser ressaltada a importância do aprofundamento da discussão dos pormenores técnico‐laboratoriais das diversas formas de cirurgia micrográfica, inclusive as implicações de cada modalidade nos dados clínico‐oncológicos.

Suporte financeiro

Nenhum.

Contribuições do autor

Aprovação da versão final do manuscrito; elaboração e redação do manuscrito; revisão crítica da literatura; revisão crítica do manuscrito.

Conflitos de interesse

Nenhum.

Referências
[1]
L.F.F. Kopke, P.S. Gouvea, J.C.F. Bastos.
A ten‐year experience with the Munich method of micrographic surgery: a report of 93 operated cases.
An Bras Dermatol., 80 (2005), pp. 583-590
[2]
O. Arnon, R.P. Rapini, A.J. Mamelak, L.H. Goldberg.
Mohs micrographic surgery: current techniques.
Isr Med Assoc J., 12 (2010), pp. 431-435
[3]
L.F.F. Kopke, B. Konz.
Essential differences between the variations of micrographic surgery.
An Bras Dermatol., 69 (1994), pp. 505-510
[4]
R.P. Rapini.
Pitfalls of Mohs micrographic surgery.
J Am Acad Dermatol., 22 (1990), pp. 681-686
[5]
P.S. Portela, D.A. Teixeira, C.D.A.S. Machado, M.A.S. Pinhal, F.M. Paschoal.
Horizontal histological sections in the preliminary evaluation of basal cell carcinoma submitted to Mohs micrographic surgery.
An Bras Dermatol., 94 (2019), pp. 671-676

Como citar este artigo: Corrêa Filho SS. On the different methods of micrographic surgery and their differences in the visualization of the tumor and surgical margin, and in the contribution to clinical and oncological aspects. An Bras Dermatol. 2020;95:546–7.

Trabalho realizado na Clínica Privada, Blumenau, SC, Brasil.

Copyright © 2020. Sociedade Brasileira de Dermatologia
Baixar PDF
Idiomas
Anais Brasileiros de Dermatologia (Portuguese)
Opções de artigo
Ferramentas
en pt
Cookies policy Política de cookies
To improve our services and products, we use "cookies" (own or third parties authorized) to show advertising related to client preferences through the analyses of navigation customer behavior. Continuing navigation will be considered as acceptance of this use. You can change the settings or obtain more information by clicking here. Utilizamos cookies próprios e de terceiros para melhorar nossos serviços e mostrar publicidade relacionada às suas preferências, analisando seus hábitos de navegação. Se continuar a navegar, consideramos que aceita o seu uso. Você pode alterar a configuração ou obter mais informações aqui.