Avaliamos com entusiasmo o artigo intitulado “História da dermatologia: o estudo das doenças cutâneas ao longo dos séculos”.1 Em nossa opinião, é um excelente manuscrito que será aclamado por estudiosos e leitores.

O artigo analisa e examina as doenças cutâneas ao longo dos séculos. Esse é um estudo abrangente com sugestões muito detalhadas e úteis, no qual os autores revisaram diversas obras. Entretanto, ele também contém uma desvantagem importante, pois os autores não se referiram à tradição médica das doenças cutâneas nos países islâmicos medievais. A medicina medieval no mundo islâmico, que começou com o movimento para traduzir obras gregas, iranianas e indianas, floresceu com a chegada de luminares como Rhazes, Haly Abbas e Avicena.2,3 Cada um dos médicos importantes da época designou capítulo(s) de suas obras para os tipos, causas, sintomas e tratamento de doenças cutâneas, do cabelo e das unhas, incluindo psoríase, verrugas, vitiligo, varíola, manchas e hanseníase. The Canon of Medicine de Avicena e o Al‐Hawi de Rhazes foram exemplos de muitas obras com discussões detalhadas em capítulos individuais.4–6 Avicena designou capítulos separados do The Canon of Medicine para doenças cutâneas, do cabelo e da cor da pele. Além disso, dedicou um capítulo nesse livro para maquiagem, no qual descreve doenças das unhas e questões relacionadas à maquiagem e à beleza, bem como condicionamento físico em detalhes.5,6

Esperamos que esta explicação tenha sido capaz de mostrar o curso da história da Medicina na Idade Média e sua importância, e preencher a lacuna do artigo.