O FricTest® é usado como ferramenta valiosa para diagnosticar e conduzir testes de limiar para dermografismo sintomático (DS).
ObjetivoO objetivo deste estudo foi comparar o Urticaria Activity Score (UAS), o Urticaria Control Test (UCT), a Escala Analógica Visual (EVA), o Dermatology Life Quality Index (DLQI) e o Chronic Urticaria‐Specific Quality of Life (CU‐QoL) usados para avaliar a atividade e o controle da doença no seguimento de pacientes com urticária e as respostas do FricTest usadas no diagnóstico de dermografismo.
MétodosNo presente estudo, foram incluídos 71 pacientes com DS. O FricTest 4.0 foi realizado em todos os pacientes na linha basal e no primeiro mês. Foram realizadas as correlações dos escores do FricTest com UCT, UAS, EVA, DLQI e CU‐QoL no início, bem como as mudanças nas respostas do tratamento nos escores médios no primeiro mês.
ResultadosNas análises de correlação, foram observadas correlações positivas entre os escores UAS, DLQI e CU‐QoL e mudanças nas respostas do FricTest de 4,5mm e 4mm da linha basal até o primeiro mês de tratamento (p <0,05). Não foram encontradas correlações significantes entre as respostas do FricTest de 3,5mm e 3mm e os escores de CU‐QoL, UAS, DLQI e EVA (p >0,05).
Limitações do estudoEste estudo inclui resultados de amostra pequena, e ensaios clínicos em larga escala são necessários.
ConclusãoAs mudanças nas respostas do FricTest de 4,5mm e 4mm ao tratamento foram mais sensíveis na detecção de mudanças nos escores UCT, UAS, CU‐QoL e DLQI do que as respostas do FricTest de 3,5mm e 3mm.
Dermografismo sintomático (DS) é caracterizado por pápulas que aparecem na pele após pressão ou trauma. O significado literal do termo é “escrita na pele”. O dermografismo é observado em aproximadamente 2% a 5% da população. A forma mais comum de urticária crônica induzida é o DS (urticária dermográfica, urticária factícia), caracterizada por pápulas lineares acompanhadas de prurido ou, às vezes, sensações de queimação e ardência após leve arranhão ou fricção na pele.1–4 O teste de provocação usando caneta de dermografômetro, o FricTest® ou um objeto rombo e liso, como a ponta de caneta esferográfica ou espátula de madeira, confirma o diagnóstico de DS com base no histórico do paciente. A pele volar do antebraço ou da parte superior da região dorsal é desenhada com um objeto rombo para provocação, e considera‐se positiva a presença de pápulas acompanhadas de prurido, queimação e sensações de ardência após 10 minutos.5
O Urticaria Activity Score (UAS) é usado para avaliar a gravidade da urticária crônica com base no número de pápulas e na intensidade do prurido na semana anterior.6 O Urticaria Control Test (UCT) avalia o controle da doença em pacientes com urticária crônica nas últimas quatro semanas, com foco nos sintomas, controle dos sintomas, impacto na qualidade de vida e eficácia do tratamento.7 O Chronic Urticaria‐Specific Quality of Life (CU‐QoL) avalia os impactos físicos, diários e psicossociais da urticária crônica nas últimas duas semanas.8 O Dermatology Life Quality Index (DLQI) é um questionário amplamente utilizado, simples e claro, que determina o impacto das doenças cutâneas e tratamentos nos sintomas, emoções, atividades diárias, lazer, trabalho, escola e interações sociais dos pacientes.9 O tratamento da urticária compreende dois elementos principais: evitar fatores desencadeantes e tratamento médico. Os anti‐histamínicos H1 de segunda geração são os agentes de primeira escolha no tratamento farmacológico, com omalizumabe e ciclosporina formando o segundo e terceiro estágios do algoritmo de tratamento de controle da doença, respectivamente.1,10–12
Este estudo tem como objetivo avaliar a relação entre as respostas do FricTest, os escores de atividade da doença (UAS, UCT e Escala Visual Analógica – EVA) e as escalas de Qualidade de Vida (CU‐QoL e DLQI) em pacientes com DS. Foi investigado o potencial do FricTest como ferramenta para avaliar a gravidade da doença e prever seu impacto na qualidade de vida.
MétodosO Comitê de Ética local aprovou o presente estudo (número de aprovação: 2022‐09/03, data: 20.09.2022). Este estudo incluiu 71 pacientes com DS que foram monitorados no Hospital UCARE (Urticaria Centers of Reference and Excellence) entre outubro de 2022 e março de 2023. Os pacientes estavam usando anti‐histamínicos H1 de segunda geração e omalizumabe.
Foi obtido o termo de consentimento informado de todos os participantes, que foram informados sobre o estudo. Foram excluídos pacientes menores de 18 anos, aqueles em tratamento imunossupressor e aqueles recebendo esteroides sistêmicos. As informações demográficas de todos os participantes foram registradas.
UAS, UCT e EVA foram utilizadas para avaliar a gravidade e o controle da doença. Neste estudo, também foram utilizados DLQI e CU‐QoL para avaliar o comprometimento da qualidade de vida.
Desenho e avaliação do estudo com base nas respostas do FricTest, Urticaria Activity Score, Urticaria Control Test e ferramentas de qualidade de vidaO FricTest® 4.0 (Moxie, Alemanha) foi aplicado perpendicularmente à pele da região dorsal com pressão tal que todos os pinos (4,5mm, 4mm, 3,5mm e 3mm) fizeram contato completo (fig. 1). O FricTest foi aplicado na região dorsal dos pacientes do presente estudo, tanto na linha basal quanto durante o primeiro mês de tratamento. As larguras das pápulas formadas no décimo minuto foram medidas usando paquímetro digital dentro dos quatro cantos do FricTest (4,5mm, 4mm, 3,5mm e 3mm) e registradas em centímetros. Foram calculados os escores de atividade da urticária (UAS) diários na linha basal e durante o primeiro mês de tratamento, somando os escores de sete dias, para avaliar a gravidade da atividade da urticária. O teste de controle da urticária (UCT) também foi aplicado na linha basal e no primeiro mês de tratamento para avaliar a gravidade da doença e a resposta ao tratamento.
Solicitou‐se aos pacientes que avaliassem queixas de prurido e queimação em uma escala de 10 pontos, 10 minutos após a aplicação do FricTest no exame inicial e no exame realizado no primeiro mês e registrados como pontuações EVA (10 pontos indicam o prurido e sensação de queimação mais graves, 0 ponto indica nenhum prurido e sensação de queimação). Também foram administrados os questionários DLQI e CU‐QoL no início e no primeiro mês de tratamento para avaliar o impacto da doença urticariforme nas atividades diárias, casa, trabalho, vida escolar, relacionamentos sociais, sono, nutrição, cuidados pessoais e status psicossocial.
Foram analisadas as correlações entre as alterações milimétricas nas respostas do FricTest inicial e no primeiro mês e as alterações nos escores UAS, UCT, CU‐QoL, DLQI e EVA para o mesmo período.
Análise estatísticaOs dados coletados deste estudo foram inseridos no pacote de software SPSS (versão 22.0) para avaliação. O teste de Kolmogorov‐Smirnov foi usado para avaliar a normalidade da distribuição contínua de dados. Foram calculados a média, DP, mediana (mín.–máx.), frequência e porcentagens para variáveis quantitativas como estatísticas descritivas. O teste de Qui‐quadrado foi utilizado para comparar proporções categóricas. O teste U de Mann‐Whitney foi usado para comparar dois grupos independentes, e o teste de Wilcoxon para comparar dois grupos dependentes. O teste de correlação de Spearman foi aplicado e o nível de significância (valor de p) foi estabelecido em 0,05.
ResultadosOs dados demográficos dos pacientes com DS são mostrados na tabela 1.
Dados demográficos de pacientes com dermografismo sintomático (n=71)
Idade, anos | |
Mín–máx (mediana) | 18–75 (41) |
Média ± DP | 41,5±15,0 |
IMC, kg/m2 | |
Mín–máx (mediana) | 14,2–57,8 (26,4) |
Média ± DP | 27,4±6,6 |
Tempo de diagnóstico de urticária (anos) | |
Mín–máx (mediana) | 0,15–21,0 (4) |
Média ± DP | 5,8±5,6 |
Sexo | |
Masculino | 18 (25,4%) |
Feminino | 53 (74,6%) |
Situação de trabalho | |
Sem trabalho | 42 (59,16%) |
Trabalhando | 29 (40,84%) |
Estado civil | |
Casado (a) | 52 (73,24%) |
Solteiro (a) | 19 (26,76%) |
Nível de escolaridade | |
Ensino Fundamental | 32 (45,07%) |
Ensino Médio | 18 (25,35%) |
Ensino Superior | 21 (29,57%) |
Tabagismo | |
Não | 54 (76,05%) |
Sim | 17 (23,9%) |
Etilismo | |
Não | 64 (90,14%) |
Sim | 7 (9,85%) |
DP, desvio‐padrão; IMC, índice de massa corporal.
Houve diminuição estatisticamente significante nas respostas do FricTest (4,5mm, 4mm, 3,5mm e 3mm) da linha basal até o primeiro mês de tratamento (p <0,05). Além disso, houve diminuição estatisticamente significante nos escores UAS, CU‐QoL, DLQI e EVA da linha basal até o primeiro mês de tratamento (p <0,05). Adicionalmente, houve aumento estatisticamente significante nos escores UCT da linha basal até o primeiro mês de tratamento (p <0,05) (tabela 2; figs. 2 e 3).
Comparações de parâmetros de medida da linha basal até o primeiro mês de tratamento
Mín–máx (mediana) | pa | |
---|---|---|
Média ± DP | ||
CU‐QoL basal | 25–74 (38) | <0,001 |
38,2±10,4 | ||
CU‐QoL do 1° mês | 12–42 (27) | |
29,4±7,1 | ||
UCT basal | 0–16 (8) | <0,001 |
8,6±4,0 | ||
UCT do 1° mês | 4–16 (12) | |
11,9±2,7 | ||
UAS basal | 3–39 (21) | <0,001 |
20,2±8,8 | ||
UAS do 1° mês | 0–28 (9) | |
9,6±6,8 | ||
DLQI basal | 0–21 (3) | <0,001 |
3,9±3,4 | ||
DLQI do 1° mês | 0–9 (1) | |
1,5±1,2 | ||
FricTest basal de 4,5 mm | 1,6–6,3 (3,2) | <0,001 |
3,4±1,0 | ||
FricTest de 4,5 mm no 1° mês | 0–4,6 (2,2) | |
2,2±0,9 | ||
FricTest basal de 4 mm | 1,2–5,6 (2,9) | <0,001 |
3,0±1,0 | ||
FricTest de 4 mm no 1° mês | 0–4,2 (2) | |
1,7±1,1 | ||
FricTest basal de 3,5 mm | 0–4,7 (2,4) | <0,001 |
2,3±1,3 | ||
FricTest de 3,5 mm no 1° mês | 0–4 (1,5) | |
1,2±1,2 | ||
FricTest basal de 3 mm | 0–4,2 (1,5) | <0,001 |
1,4±1,5 | ||
FricTest de 3 mm no 1° mês | 0–3,7 (0) | |
0,6±1,1 | ||
EVA basal mm | 0–10 (4) | <0,001 |
3,8±2,8 | ||
EVA no 1° mês | 0–10 (1) | |
2,1±2,5 |
A resposta do FricTest de 4,5mm mostrou correlação positiva com CU‐QoL (r=0,352; p=0,003), UAS (r=0,402; p=0,001) e DLQI (r=0,369; p=0,002) da linha basal até o primeiro mês de tratamento. A resposta do FricTest de 4,5mm mostrou correlação negativa com o escore UCT (r=–0,398; p=0,001). Nenhuma correlação estatisticamente significante foi encontrada entre a resposta do FricTest de 4,5mm e o escore EVA (r=0,180; p=0,142). A resposta do FricTest de 4mm apresentou correlação positiva com CU‐QoL (r=0,312; p=0,009), UAS (r=0,341; p=0,004) e DLQI (r=0,424; p <0,001) da linha basal até o primeiro mês de tratamento. A resposta do FricTest de 4mm apresentou correlação negativa com o escore UCT (r=–0,397; p=0,001). Nenhuma correlação estatisticamente significante foi encontrada entre a resposta do FricTest de 4mm e o escore EVA (r=0,187; p=0,130) (tabela 3).
Análise de correlação das alterações nas respostas do FricTest da linha basal até o primeiro mês de tratamento com diferentes medidas
Resposta do FricTest de 4,5 mm da linha basal ao 1° mês | ||
---|---|---|
Diferenças entre a linha basal e o 1° mês | R | pa |
CU‐QoL | 0,352 | 0,003 |
UCT | −0,398 | 0,001 |
UAS | 0,402 | 0,001 |
DLQI | 0,369 | 0,002 |
EVA | 0,180 | 0,142 |
Resposta do FricTest de 4 mm da linha de base ao 1° mês | ||
Diferenças entre a linha de base e o 1° mês | R | pa |
CU‐QoL | 0,312 | 0,009 |
UCT | −0,397 | 0,001 |
UAS | 0,341 | 0,004 |
DLQI | 0,424 | <0,001 |
EVA | 0,187 | 0,130 |
Não houve correlação estatisticamente significante entre a resposta do FricTest de 3,5mm com CU‐QoL (r=0,097; p=0,422), UAS (r=0,196; p=0,102), DLQI (r=0,255; p=0,052), escore UCT (r=–0,194; p=0,105) e escore EVA (r=0,010; p=0,936) da linha basal até o primeiro mês de tratamento. Além disso, não houve correlação estatisticamente significante entre a resposta do FricTest de 3mm e CU‐QoL (r=0,233; p=0,052), UAS (r=0,228; p=0,058), DLQI (r=0,152; p=0,210) ou escore EVA (r=0,083; p=0,504) da linha basal até o primeiro mês de tratamento. Houve apenas uma correlação negativa estatisticamente significante entre a resposta do FricTest de 3mm e o escore UCT (r=–0,344; p=0,004) (tabela 3).
DiscussãoDS é o subtipo mais comum de urticária crônica induzida, limitando significantemente a funcionalidade diária, o desempenho no trabalho e na escola e a qualidade de vida dos pacientes em decorrência de seus efeitos psicossociais. Para o diagnóstico de DS, podem ser usadas ferramentas de provocação como a caneta de dermografômetro, o FricTest ou um objeto liso de ponta romba. Schoepke et al. descobriram que o FricTest 4.0 é 100% sensível e 100% específico no diagnóstico de DS.13 O presente estudo utilizou o FricTest® 4.0 (Moxie, Alemanha), e os valores correspondentes foram registrados para quatro pontas diferentes (4,5mm, 4mm, 3,5mm e 3mm) em milímetros. Foi investigada a correlação desses valores com escores de atividade da doença e escalas de qualidade de vida.
No presente estudo, foi observada correlação positiva significante entre a alteração na resposta do FricTest 4,5mm da linha basal até o primeiro mês de tratamento e mudanças no CU‐QoL, UAS e DLQI, e correlação negativa significante com a mudança no escore UCT. Da mesma maneira, a mudança na resposta do FricTest de 4mm da linha basal até o primeiro mês de tratamento também mostrou correlação positiva significante com mudanças no CU‐QoL, UAS e DLQI, bem como correlação negativa significante com alterações no UCT. Entretanto, não foi detectada nenhuma relação significante entre a mudança nas respostas do FricTest de 4,5mm e 4mm da linha basal até o primeiro mês de tratamento e o escore EVA.
Nenhuma correlação significante foi encontrada entre as respostas do FricTest de 3,5mm e 3mm e mudanças no escores CU‐QoL, UAS, EVA e DLQI. Além disso, nenhuma relação significante foi identificada entre alterações na resposta do FricTest de 3,5mm da linha basal até o primeiro mês de tratamento e alterações no escore UCT. Entretanto, correlação negativa significante foi encontrada entre a alteração na resposta do FricTest de 3mm da linha basal até o primeiro mês de tratamento e alteração no escore UCT. Considerando que o aumento nos escores UCT indica melhor controle da urticária, a correlação negativa entre as mudanças no escore UCT e as respostas do FricTest é consistente com outros achados do presente estudo.
Com base nesses resultados, pode‐se inferir que os resultados dos testes correspondendo às respostas de 4,5mm e 4mm podem fornecer informações mais precisas na previsão de alterações nos escores CU‐QoL, UCT, UAS e DLQI, bem como na avaliação da atividade da doença e seu impacto na qualidade de vida, em comparação com as respostas para os testes com extremidades de 3,5mm e 3mm.
Can et al. utilizaram o escore do Total Fric Test (TFS) em seu estudo, que avaliou 58 pacientes e incluiu consultas iniciais e seguimentos de um mês. Em seu estudo, as mudanças no TFS mostraram correlação positiva moderada com mudanças no DLQI, e uma correlação negativa significante foi encontrada entre mudanças no TFS e a avaliação global do médico sobre o controle da doença. Entretanto, no mesmo estudo, enquanto as mudanças médias no TFS mostraram correlação negativa, mas não significante, com alterações no UCT, nenhuma correlação foi encontrada entre alterações nos escores de prurido, a avaliação global do paciente sobre a gravidade da doença e alterações no TFS. Foram medidos os tamanhos de reação para as quatro extremidades diferentes do FricTest em milímetros no presente estudo, sem utilizar o TFS; em vez disso, foram usadas as diferenças nas medidas em milímetros para a análise de correlação. No presente estudo, a correlação das alterações das extremidades de 4,5mm e 4mm do FricTest da linha basal até o primeiro mês de tratamento com DLQI se apoiam mutuamente. Além disso, a correlação positiva dessas alterações com CU‐QoL, UAS e DLQI e a correlação negativa significante com UCT indicam que a sensibilidade do escore do Total Fric Test para refletir a gravidade da doença pode ser baixa. Isso sugere a necessidade de registrar as medidas em milímetros ou desenvolver um novo método de escore.14
No estudo de Ferreira et al. comparando a qualidade de vida de pacientes com urticária crônica com suas propriedades psicométricas, o CU‐QoL foi altamente correlacionado com DLQI, diferenciando com sucesso entre diversos graus de vermelhidão e prurido.15 Embora o presente estudo não tenha examinado diretamente a relação entre essas duas ferramentas de medida, foi observado que elas se correlacionam de modo semelhante com as alterações nas respostas do FricTest. Particularmente, a alteração nas respostas do FricTest de 4,5mm e do FricTest de 4mm da linha basal até o primeiro mês de seguimento foi correlacionada com as mudanças no DLQI e CU‐QoL. Esse resultado apoia a conclusão de que as extremidades do FricTest de 4,5mm e 4mm são mais sensíveis no seguimento do paciente.
O estudo de Can e Kocatürk incluiu pacientes com DS. O estudo validou as respostas ao tratamento com escores aumentados do UCT, avaliações globais de médicos sobre o controle da doença, diminuição dos escores DLQI e avaliações globais de pacientes sobre a gravidade da doença. O tratamento com omalizumabe foi administrado a 18 pacientes no estudo e, na 24ª semana, as taxas de resposta total dos pacientes aumentaram para 86%. Com o tempo, os escores UCT aumentaram significantemente e os escores EVA diminuíram.16
LimitaçõesUma limitação do presente estudo é que ele inclui resultados de amostra pequena, e ensaios clínicos em larga escala são necessários. Estudos futuros avaliando os resultados do FricTest de maneira mais abrangente podem ajudar a entender melhor as respostas dos pacientes ao tratamento e personalizar os planos de tratamento.
ConclusãoO presente estudo identificou relações significantes entre alterações nos resultados do FricTest e alterações no CU‐QoL, escore UCT, UAS e DLQI. Em particular, os resultados do teste correspondentes às extremidades de 4,5mm e 4mm do FricTest foram considerados mais sensíveis na detecção de alterações no CU‐QoL, UCT, UAS e DLQI em comparação com as respostas das extremidades de 3,5mm e 3mm. Há correlação entre os resultados do FricTest, particularmente as extremidades de 4,5mm e 4mm, e outras medidas de avaliação clínica. Isso sugere que o FricTest pode ser ferramenta útil para avaliar a gravidade da doença e prever seu impacto na qualidade de vida.
EditorLuciana P. Fernandes Abbade.
Disponibilidade de dados de pesquisaTodo o conjunto de dados que dá suporte aos resultados deste estudo foi publicado no próprio artigo.
Suporte financeiroNenhum.
Contribuição dos autoresÖmer Faruk Kıraç: elaboração e redação do manuscrito, metodologia, curadoria de dados, software, contribuiu para o seguimento clínico e manejo de pacientes.
Mustafa Tosun: Análise formal, elaboração e redação do manuscrito, aprovação da versão final do manuscrito, validação, visualização.
Rukiye Yasak Güner: Elaboração e redação do manuscrito, metodologia.
Melih Akyol: Análise formal, aprovação da versão final do manuscrito.
Conflito de interessesNenhum.
Como citar este artigo: Kıraç ÖF, Tosun M, Güner RY, Akyol M. The relationship of Fric test responses with an urticaria activity score, urticaria control test and quality of life scales in patients with symptomatic dermographism. An Bras Dermatol. 2025;100:501147.
Trabalho realizado no Departamento de Dermatologia, Faculdade de Medicina, Sivas Cumhuriyet University, Sivas, Turquia.